Isso do amor romântico faz-me questionar.
Isso do amor sexual faz-me duvidar.
Quem sabe, de facto, o que é isso do amor?
Os que amam? Como sabem que amam, os que dizem amar?
- Amo-te.
- Porquê?
- Porque sim!
- Mas porquê?
- É o que eu sinto...
Isso de dar nome ao que se sente faz-me pensar.
O nome é uma definição. A definição explica o significado de uma outra palavra. Uma palavra pode ser amor.
O amor é um sentimento.
O que eu sinto, como sinto, quando e porque sinto não é igual ao que sentem, quando sentem, porque e como sentem os demais.
Verdade?
Terei eu a ousadia de dizer como certo o que sinto?
Teria eu a ousadia de definir o que sinto?
Terei eu a ousadia de saber que amo?
Quando amar.
- Amo-te!
- Porquê?
- Porque sim!
- Mas porquê?
- Porque sinto...
- Como sabes que é amor?
- Sinto-o e basta-me!
Bastará, quando sentir?
Isso do amor faz-me pensar.
Isso do amor motiva-me a amar.
Isso do amor fá-los dizer que há razões para amar.
E isso de duvidar da eventualidade da certeza do que posso vir a sentir fez-me escrever.
Isso do amor...
L .
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